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O único rei.

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Bradoken
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Bruizer
Tomate
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1O único rei. Empty O único rei. Sex 22 Jul 2011, 17:37

Tomate

Tomate
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Os quatros filhos,
Jax, o homem feiticeiro do norte
Rick, o guerreiro do leste
Kan, o caçador do oeste
Sheyka, a curandeira do sul
Pai de todos, o criador do centro chamado Cria

Norte, a terra gélida do inverno
Leste, os grandes campos do verão
Oeste, terra seca do outono
Sul, flores e árvores da primavera
Cria, uma terra onde nenhuma pessoa conseguiu entrar

Norte, a grande magia concentrada
foi onde a rebelião começou.
A rebelião se espalhou e chegou as outras terras.
O pai pressentiu, e foi a guerra.

Durando 30 anos,
a guerra acabou.
O pai jurou o fim dos antigos filhos,
prometeu fazer mais quatro.

Tensão sobre os filhos,
que caçam pelos quatros
e até hoje, mesmo com tanto poder em suas mãos
nada acharam os filhos proferidos pelos pais


Logo, logo. Postarei a fic.

2O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 19:57

Tomate

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Desafio do guerreiro


Por fim, a primavera chegou. Depois de um longo inverno, que pareceu décadas para Jéss. Ela aproveitou o sol de manhã para retirar um pouco da neve que levava de sua casa até a igreja. Mesmo o brilho do sol irradiando a caminhada, o vento estava gelado.

Chegando a igreja, ela fez um sinal de círculo em torno do seu rosto. Era um movimento ritual que significava: Aos tempos de paz. Paz, uma palavra não ouça a centenas de anos pelo povo do leste. As caçadas a filhos menores de quinze anos ainda prevalecia não apenas no leste, mas como no mundo todo. Com oito anos de idade, Jéss sempre houve medo; a sorte era que no vilarejo de Utali não era tão rígido, na verdade, a lei não era imposta; metade da população pequena era de jovens.

A igreja era pequena, os assentos de madeira e a aparência rústica. O sol não penetrava direito as janelas por serem pequenas e curtas. Entrava pequenos riscos do sol, e foi em um desses riscos onde Jéss se ajoelhou e começou a rezar.

Depois de minutos arrastados a um longo vento, Jéss acordou e percebeu que o sol não passava mais pela fresta e que novas pessoas haviam entrado na igreja e estavam rezando. Saiu de lá e percebeu pela posição do sol que já era meio-dia. Ela foi para casa, sua irmã deveria estar com o prato feito.

A caminhada até sua casa não passava por quase nenhuma parte do vilarejo, já que a igreja e as casas ficavam ao norte de Utali. A neve estava se derretendo naquele momento, e então os pés de Jéss – que vestia uma simples sandália – ficaram gelados. Tentou correr um pouco mais rápido, para impedir que seus pés ficassem gelados. De tanto correr, seus joelhos ficaram congelados. Chegou em casa o que parecia que durou a sua reza do dia.

Sua irmã – com longos cabelos loiros e olhos cor-de-mel – olhou com cara de espantada quando viu sua irmã mais jovem ensopada, ela estava preparando um ensopado, mas largou a colher e imediatamente falou:


- Se cubra e troque de roupa, Jéss – disse a irmã preocupada, indo pegar um pano.
- Não se preocupe comigo. Se preocupe com o ensopado, que parece estar ótimo – disse, cuspindo com água na boca
- Se você continuar a cuspir, vai virar ensopado com um tempero a mais

Jéss não ligou, foi aos fundos da casa onde encontrava o quarto dos irmãos. Retirou sua roupa, nua começou a perambular pelo quarto. Ouvindo passos do corredor, fechou a porta com o trinco para que ninguém entrasse e a visse do jeito que estava. Mesmo sendo muito jovem para ter algo desenvolvido(ao contrário de sua irmã), ela não queria que ninguém a visse nu. Colocou outra roupa, por sinal quente. O quarto era grande, para caber-se quatro camas, e tinha uma janela logo na lateral, mas se via a floresta a alguns metros de distância.

Saindo do quarto, percebeu que Shanka, estava ali. Mesmo com idade igual de Jéss – por serem gêmeos – parecia mais velho. Ele tinha era pálido, cabelos negros e olhos azuis; idêntico a irmã, que era um pouco mais sorridente e menos pálida.

Saiu e foi direto a mesa. Estava recheada com diversos tipos de pães para saborear ainda mais o ensopado da irmã. Sentou-se no canto preferido da mesa, o extremo. Logo depois se sentou Késs, Shanka e por fim Mil, o irmão mais velho. Mil como sempre empolgava todos da mesa, tinha seu charme: cabelo de tigela e loiro e com os olhos de mel, gêmeo de Késs.

Todos saborearam e devoraram o ensopado, mesmo com a panela grande. Depois todos rezaram pela rainha Sheyka – que era pouco vista no lado sul –, por sua mãe que estava desaparecida a alguns dias e ao deus maior: Criador.

Depois de terminados de orar, foram para o jardim. O sol estava forte e Jéss teve de semi-cerrar os olhos. O gramado agora estava úmido, e Késs foi até a sombra da árvore ficar por lá. Jéss foi ao lado da irmã, porém, subiu os galhos e ficou alguns metros a cima.

E então, os garotos vindo juntos, Mil perguntou:


- Que tal o desafio do guerreiro ?
- Como assim, desafio do guerreiro ?
- Quatro pessoas se posicionam para lutar entre elas, com alguma coisa como uma espada. Todos devem tentar pegar alguma coisa encima de uma árvore. Os outros devem interceptar. Sempre que alguém for interceptado, devemos voltar e começar tudo novamente

Todos aceitaram, aliás, parecia uma brincadeira legal. Dentro da casa, haviam espadas de madeira, Shanka foi correndo e trouxe as quatro. E então com um grito de Késs como “comecem”, Jéss sentiu uma rasteira com a espada do irmão mais novo e ficou caída na grama.

Quando retomou a consciência, percebeu que uma luta de três pessoas estava acontecendo. Késs, ganhava a luta, dava conta dos dois e ainda contra-atacava. Até que ela rodou a espada de Shanka e deu um golpe no ombro. O golpe foi tão certeiro que o irmão caiu no chão, olhando para o braço. Késs deu um golpe nas pernas de Mil, que se ajoelhou e depois tomou um golpe nos ombros e ficou caído no chão. Késs correu para a árvore.

Késs começava a escalar, quando Mil deu uma cutucada de aviso em seus pés. Ela desceu da árvore e todos recomeçaram.

Késs tentou sair a frente, mas a irmã mais jovem deu uma espetada em suas costas tão forte que a garota caiu de cara no chão. Ela mesmo a menor de todas, conseguiu defender alguns golpes de Mil e Shanka. Foi derrubada por uma rasteira de Shanka. Novamente derrubada pelo irmão, mas agora conseguiu se levantar. Interceptou a luta entre a dupla de irmãos, entrou no meio e deu na barriga de cada um; que caíram sem ar no chão. Jéss correu, subiu a árvore e viu um pequeno pedaço de ferro. Era só esticar a mão... e uma cutucada na perna, e então um puxão.

Tiveram de voltar. Todos estavam cansados, mas o desafio não podia parar. Jéss correu, quando viu uma espada vindo em direção as suas costas rolou e depois se levantou, mas sua irmã a agarrou e a jogou no chão. Bateu forte com a cabeça e ficou atordoada. Fechou os olhos e depois os abriu, viu que Késs estava com o metal na mão. Quando ela olhou para o lado, viu um homem de capa preta. Saiu de sua posição assim que a garota olhou para ele, foi em direção ao vilarejo e a Jéss saiu em seu encalço.

3O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 20:09

Bruizer

Bruizer
Aluno de Academia
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Muito boa *-*

Vai ser semanal, ou quando der postou? q

4O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 20:11

Dramol

Dramol
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Curti, apesar de ser muitas linhas, rs.
Mas também uma fic que parece muito com filmes, filmes que tem esse tipo de estilo. Mas gostei ^^

5O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 20:18

Bradoken

Bradoken
Aluno de Academia
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Fic bem boa, mesmo sendo meio "parada" até agora.
Gostei do seu estilo de escrever e da história, então pretendo acompanhar a Fic sempre que puder ^^

6O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 20:20

Convidad


Convidado

A história em si é boa, apesar que as coisas aparentam ser infantis em algumas partes, gostei, mas não reclame sobre a formatação das minhas Fics hein?! Razz

7O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 21:16

Weise

Weise
Aluno de Academia
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Tita, tu leu o que eu disse no post do evento, não foi ?


A Fic tá muito boa, só espero que não tenha protecionismo com os protagonistas. Enfim, não se esqueça que nesse estilo (baseado da idade média) as mulheres são feitas para cozinhar e reproduzir. (só pra você não extrapolar em criar uma super guerreira, afinal, ela nunca passaria por um treinamento adequado para derrotar exércitos)

8O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 22 Jul 2011, 21:45

Tomate

Tomate
Aluno de Academia
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Bem estava pensando em algo mais fantasioso, nada de medieval. A era poderia até ser medieval, cara, mas não quero algo "rústico"; algo fantasioso, é isso que eu gosto de escrever.

9O único rei. Empty Re: O único rei. Sáb 03 Set 2011, 01:36

Tomate

Tomate
Aluno de Academia
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Deveria voltar a escrever essa fic ? Estou pensando

10O único rei. Empty Re: O único rei. Sáb 03 Set 2011, 13:51

Vinicius Usumaki

Vinicius Usumaki
Aluno de Academia
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volta *-*

11O único rei. Empty Re: O único rei. Qui 08 Set 2011, 22:15

Tomate

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Aluno de Academia
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A caçada

Jéss, atordoada, entrou em seu pequeno vilarejo. No centro, o homem de preto sumiu entre o pequeno aglomerado de pessoas que ficava em frente ao um artista que estava tocando algum tipo de instrumento pequeno, Jéss não reconheceu pois a pancada ainda fazia mal a sua cabeça. Entrou no grupo, eram muitas pessoas e difícil passar por todas. Pisoteava e pisoteada, seus pés – descalços, depois da brincadeira – doíam.

Conseguiu sair do burburinho. Quando saiu, o som atrás dela parou por algum motivo e todas as pessoas saíram do local de origem e voltaram aos seus fazeres. Achou aquilo tudo muito estranho. Não queria saber, fazia semanas que ela não ia ao vilarejo por conta do frio e neve que impediam a passagem. Deu uma volta em tudo; mercadores chegavam a todo momento, estava uma loucura.

Ficou até horas a fio vendo desde bugigangas até pedras valiosíssimas. Parou a frente de uma barraca de joias. Aliás, seriam apenas os primeiros dias que ali teria aquelas joias, logo depois algum nobre compraria para sua amada e os joalheiros iriam para outros cantos do mundo. Jéss sempre quis conhecer alguém que comprasse de tudo a ela.


- Quer algo, jovem ? - perguntou o joalheiro, que deu-se conta que a jovem rebolava e cantava olhando as joias
- Não senhor. - respondeu olhando as joias
- Então, pode sair da frente, pois ao contrário de você, outras pessoas querem olhar e comprar.

Jéss teve de sair e virá que a noite em fim chegará. Não conseguiu alcançar seu objetivo de alcançar o homem misterioso. Voltou para casa, o trecho até lá era escuro.

Quando abriu a porta de casa, notou que toda a casa estava escura. O medo invadiu seu coração, fingiu que aquilo era apenas porque todos os irmãos já estavam dormindo ou algo relacionado. Mas não era, ouvia movimentos vindo de seu quarto.

Tentou pegar algum pedaço de pau, algo do tipo perto do fogão. Conseguiu apenas a lenha quase resfriando, mas queimou sua mão, engoliu tanto o grito e o choro. Jogou a madeira no chão, agora com a mão machucada, não ajudaria em nada caso a casa estivesse sendo atacada. Se aproximou do quarto, e viu que não havia ninguém. Até que, um vulto apareceu atrás dela. Gritou. Chorou. E viu que eram seus três irmãos, com uma pequena tocha nas mãos.


- Para que gritar ? Escandalosa. - Shanka falava com a mão gelada em sua boca, lágrimas percorriam até a mão do garoto – Não vi nós te chamarmos ?
- Não ouvi... desculpa
- Isso não interessa, Shanka. Pare de ser rude com as pessoas. Era para estar feliz, a caçada está chegando.
- Caçada ? - perguntou Jéss

Quando fez a pergunta, todos ficaram em silêncio; apenas a tocha fazia o barulho, mas um barulho que deixava a situação mais perturbadora a Jéss. Késs fez cara de que não sabia de nada, entrou no quarto e fingiu que iria dormir, mas apenas se sentou na cama. O silêncio interrompeu quando Shanka falou:

- Sim, está havendo uma seleção de homens e jovens para fazer a caçada ao lobo cinzento. Um lobo raro que veio do reino da rainha. Um animal raro. Pedaço de pele vale mais que nossa casa; a carne vale para uma vilarejo todo e dizem que é fêmea, e que poderá ter filhotes nos esperando. Isso, segundo um mercador que veio das terras de lá.
- Sempre sonhei em ir para uma caçada – admitiu Mil
- Que a caçada vá para o inferno junto com essa loba dos infernos. Detesto tudo que é do reino principal, além de estar caçando crianças, deixam animais raros saírem de controle e serem caçados por canibais famintos
- Vocês vão a essa tal caçada ? - perguntou Jéss
- Iremos. Shanka não queria ir, tive de convencê-lo

O silêncio rompeu novamente a conversa, Jéss sentia um frio no coração: era quase perda de dois irmãos. Deram detalhes que a caçada aconteceria na próxima semana, assim que se ajuntassem cem homens. Foram dormir. Jéss ficou horas a fio, pensando como essa caçada seria perigosa. Quando pegou no sono, teve pesadelos com uma loba gigante e com dentes do tamanho de seu dedo. Acordou ao meio da madrugada, voltou a dormir.

A semana passou rápido aos seus olhos, não fizeram nada de mais e viram os dois irmãos treinando com as espadas de madeira. Se divertiam fazendo charadas. No dia em que a caçada começaria, já era começo da manhã e o vilarejo estava cheio de famílias.

Jéss nunca tinha visto tantos homens vestindo malhas; equipados com arcos, lanças e espadas. Eram no mínimo sessenta homens. Logo, todos começaram a sair, ultrapassaram a pequena muralha e o portão do vilarejo. Jéss deu um último grito desesperado de adeus aos seus dois irmãos, que não ouviram.

Para todas as mulheres, o tempo se arrastou. Primeiro, foram dias, já se esperava por um resultado parecido. Mas depois da terceira semana, todas ficaram preocupadas. Até que em um dia nublado, uma mulher saiu gritando por todas as casas que um homem estava vindo. Todas as mulheres se esparramaram e ficavam na frente do portão. Dez homens chegavam lentamente, ensaguentados e alguns sem membros. Entre os homens, Mil e Shanka vinha apoiando em seu irmão, sem encostar a perna direita no chão. Todos pareciam desesperados olhando para trás.

- Onde está o resto ? Onde ? - perguntou a mulher, onde o noivo não se encontrava entre os homens que haviam chegado
- O reino! Está atrás de nós! Um exército de mil homens vem marchando a Utali.

12O único rei. Empty Re: O único rei. Sáb 17 Set 2011, 18:41

Bruizer

Bruizer
Aluno de Academia
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Você não narrou a Caçada em sí? ):

E, sei lá, a história é legal, sim, mas não prende a atenção, entende? Tenta dar mais suspense, uma narração mais dinâmica, não sei.

Mas a história é legal, quando lançar os próximos capítulos me avisa pelo msn, rá.

13O único rei. Empty Re: O único rei. Sáb 17 Set 2011, 18:42

Reborn

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Murilo O.O

14O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 28 Out 2011, 18:15

Tomate

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3

- Eles devem estar aqui na madrugada, escoltando a rainha.
- A rainha ? O que faz a rainha vir aqui ?
- As contrariedades as regras. Temos crianças de cinco a dezesseis anos aqui, o que não é permitido pela lei que foi imposta ao mundo e você sabe disso.

Jéss ficou apavorada pelo o que ouviu depois: os homens do reino eram viscerais e não tinham medo de matar. Contaram que poderiam existir homens ainda, mas que morreriam por animais selvagens. Jovens que tinham ido à primeira caçada – e não sabiam manejar uma espada, sequer – tinham morrido primeiro e feito de peões. O plano principal era fugir para a Floresta do Medo, que ficava no fim do vilarejo. Uma reunião foi marcada àquela noite. Meninas não podiam entrar, muito menos crianças. Mil e Shanka entraram na casa do açougueiro Jone. Lá dentro, cerca de cinquenta pessoas.


Uma grande mesa fora feita no meio da sala. Cabia trinta pessoas. Algumas ficaram em pé, atrás de algum amigo ou parente. Mil sentou-se pois estava com braço quebrado, Shanka resmungava.

Cale a boca, resmungão! - já estava farto dos resmungões de seu irmão, bastasse que falara a batalha inteira

Thuro – o líder do conselho, um dos mais velhos da aldeia – ficou em pé, em um extremo da mesa. Olhou sério e preocupado: existia mais de cento e cinquenta pessoa da última vez, sem contar com adolescentes. Discursou:

“Todos aqueles que morreram, não foi em vão. Mas sim, a nos defender. Que vão em paz e aconchegados pelo Criador. Eram homens de família, respeitados e acima de tudo: eram fiéis ao Criador. Morreram brandindo uma espada! Morreram pela pátria de Utali! E nos vingaremos!”

Se vingar do reino ? Era um rato tentando matar dois leões famintos, pensou Shanka. Thuro começou a dar sermões aos jovens. Poucos estavam interessados e apenas um – entre oito – ouviu. Thuro bateu na mesa, para cessar conversas alheias e esbravejou:

- O plano, seus filhas da p*: iremos até a Floresta do Medo do Norte e lá, contornaremo-as até sairmos da mira do reino. De lá, ficaremos na Praia do Sacrifício. Formaremos uma nova aldeia entre Floresta e Praia e fiquem entendidos que caso alguém descorde, que saía agora. Se não, voltem para a casa de vocês, avisem a mulheres e parentes de vocês e tomaremos rumos esta madrugada.

Ninguém se movimentou. Nenhuma palavra gesticulada sobre a mesa. Thuro virou-se, foi até seu quarto. Todos saíram naquele momento, calados e com cara de bobos. Mil e Shanka foram para casa, as meninas o esperavam sobre uma luz fraquíssima de uma tocha improvisada. Explicaram o plano as duas. Jéss queria se manifestar, sair na rua e gritar que aquele plano era uma burrice; seria esquartejada e seria dada para os cães comerem. Késs, saiu dali para fazer as trouxas de roupas. Voltou, com seus cabelos longos e cor-de-mel à cozinha. Haviam duas trouxas para cada um, uma com calças e com roupas.

- Vocês dois precisam descansar. Jéss e eu ficamos de vigia e os chamaremos quando o anúncio de partida for feito

Os dois se retiraram. Jéss sentia pena de Késs, ela era linda, extravagante e divertida; agora estava invadida por um sentimento de culpa e solidão. Estava a esperada mãe que não voltaria e deveria estar morta. A cozinha era um cômodo escuro, apenas com um fogão de barro, panelas ao lado e jogada no chão e pratos embaixo dessas. No lado de fora, ficava as lenhas que poderiam ser queimadas. Quando a tocha cessou, Késs derramou lágrimas. Chorou aos prantos, deitou sobre a perna da irmã, teve pesadelos e ficou se culpando de tudo. Uma trompa foi soada: o aviso. Késs acordou assustada e com medo e os dois garotos vieram se perguntando o que havia acontecido.

Thuro havia tocado a trompa para avisar que a partida seria feita. A bagunça tomou conta de toda a aldeia: mulheres, crianças e animais sem ordem formou uma fuga em uma coisa desorganizada. Na madrugada daquele dia, estavam todos prontos. Os homens colocaram fogo em madeiras a frente do portão, aproveitaram que não ventava muito. Começaram a marchar em à floresta, quando homens do exército apareceram a alguns quilômetros do vilarejo. O vilarejo era cercado pela Floresta do Medo e um enorme corredor de barro que a separava do restante do reino.


- Corram e se salvem! - gritou Thuro, amedrontado com seu fim estar tão próximo

Correram todos até a Floresta do Medo do Norte, que levava ao destino. A trilha era fechada, com arbustos, folhas e raízes rasteiras que deixavam o trajeto ainda pior. No meio da bagunça, alguns foram pisoteados e acabaram desmaiados. Jéss seguia Késs, que procurava Mil e Shanka. Os homens de frente estavam com as tochas, estavam se distanciando deles e não podiam ficar para trás. Começaram a correr novamente, para retomar ao grupo que havia se formado. Começaram a empurrar as pessoas, a procura dos irmãos. Encontraram-o quase uma hora depois, estavam rasgados mas não feridos.

- Onde vocês estavam ? - Jéss gritou, uma coruja abriu os olhos e se assustou com um grupo enorme indo em uma direção desconhecida
- Mais baixo! - gritou em respostas, Mil – Ficamos perdidos do grupo, até que vimos uma pequena luz de longe. Seguimos-a e nos deparamos com a tocha.

A trilha agora ficou mais larga, porém foi subindo de acordo chegavam em uma pequena montanha. Thuro mandou todos ficarem ali, era um bom ponto e estavam coberto por árvores que provavelmente os mascarariam na manhã seguinte. Todos montaram suas barracas ou dormiram no chão. Percorreram dez quilômetros, um feito para um grupo daquele tamanho. Shanka, escalado junto com nove homens, ficou no primeiro turno.

Jéss não dormiu, ou apenas fingiu. Conseguiu ouvir Gilerme, dono da Taverna, falar a Thuro:

- O exército de Sheyka conseguiu ultrapassar a barreira de fogo. Não se demonstra mais fumaça vindo dos portões da aldeia. Eles vão acampar e amanhã vir até nós. Temos que nos apressar.

Houve um silêncio, Thuro temia àquilo. Olhou onde antes ficava seu lar.

- m*! - bateu no chão, um pouco de lama se levantou e atingiu seus olhos, deu um gemido de dor, fechou o olho e fingiu que aquela dor não existia

Depois daquilo, Jéss não ouviu mais nada e então dormiu. Esquecendo de onde estava.

Acordou com Késs gritando em seu ouvido. Todos estavam em pânico. Ainda era escuro. O exército havia trilhado metade do percurso que eles fizeram em horas. A marcha recomeçava, mesmo que inútil naquele momento.

Três dias, havia uma distância miníma de oitocentos metros ao exército. E faltavam trinta quilômetros para a Praia do Sacrifício. De noite, daquele mesmo dia, uma saraivada de flechas foi lançada e matou trinta pessoas do bando. Késs foi atingida na perna e teve seu sangramento estancado por instrumentos básicos.

Cem homens do exército vinham em direção do bando, pessoas que não estavam feridas ou em condição de lutar, pegaram marretas, pedaços de paus e armas não-letais. Thuro tinha uma espada. Mil e Shanka tinham as espadas e facas na cintura. Eram 35 homens contra 100.

Thuro deu um grito de guerra. Thuro correu em disparada – com um orgulho que poderia enfrentar os primeiros que visse – e quando chegou ao encontro do primeiro, uma lança cruzou sua garganta e caiu de costas no barro. Os dois grupos se chocaram, Mil ficava na defensiva, protegendo seu braço: tinha experiência em lutar com apenas uma mão. Shanka cortou um homem e se protegia de três ao mesmo tempo. Dez homens recuavam dos oitenta restantes.

Um homem de capuz negro surgiu em meio a floresta. Tinha uma pequena espada de lâmina com trinta centímetros. Cortou a garganta de sete, enfiou a lâmina no coração de cinco e matou dez. Não houve um dano letal a ele, apenas uma espada que passou raspando pela sua cabeça, uma lâmina que ele se esquivou com tanta facilidade que parecia que estava dançando sua própria música. Os homens recuaram, voltaram ao exército.


- Quem são vocês ? - virou o homem para o grupo de aldeões

Ninguém o respondeu. Chutou uma mulher, a esfaqueou e em seguinte a decepou. Todos horrorizados, matou mais uma.

- Pena. Invadem meu território e faltam com respeito. Me responderão ou terei que matar todos ? – perguntou apontando a lâmina para os sessenta sobreviventes

15O único rei. Empty Re: O único rei. Dom 30 Out 2011, 13:36

Tomate

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4


Mil – ainda mais ferido que antes – foi até o assassino. O encarou de frente, porém o rosto dele era encoberto por um capuz. Sentiu temor e confiança em si mesmo.

- Como assim, seu território ? Faz mais de duzentos anos que ninguém vem para cá. - disse, tendo gaguejamentos em algumas partes
- Porque acha que ninguém voltou mais nestes duzentos anos ?

Mil, por fim, ficou quieto.

- Você não pode viver duzentos anos, é muito.
- Não posso. O que me dão em troca por levar-lhes até minha casa ?
- A sua casa pode acolher sessenta pessoas ? Acho que não, seu estúpido

A lâmina foi cravada no ombro direito de Mil, que o fez cair no chão e gritar de dor. As aves retrucaram com outro grito de espanto. A floresta quieta e em pânico com os acontecimentos, uma risada maléfica veio por de trás do capuz.

- Gosto de sua confiança. Acha que é mais forte que qualquer um, você é estupido – encerrou com um chute na cabeça de Mil, que o fez desmaiar. Jéss se levantou do meio do grupo, horrorizada foi acolher seu irmão.

O homem apontou com a cabeça que o seguissem. Um Shanka fascinado correu atrás, como um cachorro atrás de seu osso. As irmãs foram atrás, tendo que levar Mil por braços e pernas. Apenas 10 pessoas seguiram o homem. O restante ficou, dizendo que morreriam a qualquer custo.

A viagem a seguir poderá ser longa aos seus olhos, ou não: eles seguiram viagem cinco dias. Os cinco dias, pensou Jéss, mais chatos de sua vida. Eles apenas percorriam uma extensão da floresta em quinze quilômetros, caçavam e a noite comiam e dormiam; sem trocar um único gesto de conforto ou palavra. Jéss rezava, quase todo o horário, não servia para nada ali. Alguns jovens – muito jovens, acredite – flertava-a e respondia até a alguns, mas nenhum que era do seu interesse. Nenhum, a ser o homem mascarado. Ele era sombrio; a manhã, acordava e ficava em uma espécie de meditação, de tarde ficava contando quantas folhas haviam no caminho, até que Jéss foi até ele e o perguntou:


- Por que você faz isso ? - intrigada ao ver o rapaz, ainda recolhendo folhas. Ela virou as costas a ele e então, ele disse:
- Para manter a minha paciência

O exército vinha se mantendo longe cada vez mais. Eles não marchavam cinco, seis ou sete quilômetros por dia, coisa que o grupo vinha se especializando mais. Késs, vinha pegando ervas ao jantar – mais uma vez, carne de capivara – e viu que ervas que cresciam apenas perto de áreas praianas, sentiu um alívio no coração.

Mas Késs havia se enganado. A viagem durou mais dois dias. O homem – mais misterioso do que nunca – estava guiando o caminho, quando o cheiro de mar e sensação gelada atingiu a todos. A esperança voltou aos cidadãos de Utali. Todos saíram em disparada, esperando ver uma praia tão linda quanto olhos azuis. Mas o que viram, era uma estrada enorme e muros largos e grandes


- Bem-vindos ao reino de Ukhr – disse uma voz de sarcasmo, no final do grupo

Quando foi dito a palavra reino, Mil acordou de seu sono. Haviam tentado curar ele de todo o tipo de forma: plantas medicinais, cultos e rezas; nenhum dado certo. Agora, acordava em um salto, como se aquilo fosse um insulto aos seus ouvidos. Quando viu muros cercando uma grande extensão da floresta, ficou surpreso

- Você nos trouxe até o reino ? Quer nos matar ?
- Não, garoto. Não seja tolo. Esses muros existem aqui a mais de duzentos anos, um reino gigante que cerca toda a parte praiana.
- Então, toda a praia está infectada por gente da sua laia ?

Uma rasteira, rápida, foi dada em Mil que o deixou caído no barro.

- Existe. Mais de cento e cinquenta mil pessoas. E não cercamos apenas a região praiana, a floresta também foi tomada. Se não fosse pela nossa civilização, ainda teríamos vinte quilômetros até chegar a praia.

E então, se aproximaram da barreira. Dois guardas vigiavam o portão que dava direto ao grande reino – descrito pelo homem – e um dos mais fortes entre os cincos continentes. Os guardas olharam apenas para o rosto dele, ninguém mais viu, apenas os dois. Entraram. As casas eram projetadas em uma forma espetacular, que dava brilho aos olhos. Haviam pessoas, de todas as classes sociais; até a classe mais pobre parecia de classe rica para os recém-chegados. Andaram por um hora, até chegar em uma parte afastada do centro comercial. Chegaram a uma mansão. Portões de ouro e seis guardas na guarda. O portão foi aberto, os aldeões entraram. A mansão parecia mais um templo: para entrar, havia uma escadaria – também de ouro – e colunas que cercavam-a. Entraram todos. Entraram em um enorme hall, onde o piso era feito de ladrilhos “xadrez”, as janelas eram pequenas mas milhares delas. Deixando um lugar escuro e ao mesmo tempo iluminado em certas partes. Passos eram escutados do final do pavimento.

O assassino se ajoelhou – como se aquilo que estivesse vindo, fosse um Deus – e todos fizeram o mesmo culto, exceto Mil. Um homem forte, com uma barriga de chop, barba grossa, cabelos enrolados e com um sorriso estampado na cara. Os olhos eram negros que lembravam a noite.

- Retire seu capuz, Spnel.

O assassino assim o fez. Não era nenhum adulto, e sim um jovem que aparentava ter a mesma idade que Mil e Késs: dezessete anos. Tinha um cabelo curto e mal raspado, o queixo quadrado, um rosto severo e olhos brancos: cegueira. Ele é cego, pensou assustada Jéss.

- O que o traz aqui, depois de meio ano ? E ainda mais com convidados tão especiais ?
- Mestre, eles são intrusos! Trouxeram o exército da rainha até nosso território. Vim lhe dizer que o plano dela deu certo.

O sorriso do rei broxou. Ficou com um sorriso de meia boca, depois, sumiu de vez. Um rosto tão severo que assustou a todos. E então, ele se viu a uma cena: Mil ainda estava em pé. O rei se dirigiu a ele:

- O que o lhe faz para me insultar tanto ?
- Você não é nada meu, não tem importância de me ajoelhar sobre você
- Agora sou seu rei – uma voz de sarcasmo com ironia
- Não é nada meu, já lhe disse
- Leve-o, Spnel. Façam o que quiserem com ele, mas não o matem. Tomarei a decisão com vocês hoje a noite o que fazer com cada um deles.

Spnel se levantou, foi até Mil e o puxou pelo braço. O jovem tentou resistir, porém uma pancada na cabeça o fez desmaiar e o assassino saiu com ele puxando pelo pé. O rei olhou para o resto do grupo: os três irmãos, três jovens, um homem e duas mulheres.

- Vocês três: serão meus serviçais – disse se referindo aos irmãos –, esses três jovens trabalharão na limpeza e vocês adultos na cozinha

Fez um comando, e então todos seguiram-o. Jéss tinha medo e conforto do novo futuro.

16O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 02 Dez 2011, 21:42

Tomate

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- O senhor vai querer alguma coisa, senhor ? - Perguntou uma voz feminina de Jéss

O rei fez um rosto e depois respondeu com a cabeça, negando a questão. A jovem trazia consigo duas taças do vinho mais cobiçado de toda a região e que dava mais sede. Sentiu uma cobiça em tomar uma delas e sentir o gosto do vinho.

- Pode sair, menina

E assim, Jéss saiu de seus aposentos. A mansão, era enorme. Na verdade, era muito mais que uma mansão. Era um palazzo embutido em forma de uma casa de cinco andares. O quarto de Jéss era em uma masmorra destinada para todos os funcionários do rei, onde cada um tinha sua rede para dormir.

A manhã passou um tanto rápida quanto angustiosa aos olhos de Jéss, que ficou parada na frente da porta do rei – atenta ao sino que identificava que ele queria algo – e poucas pessoas passavam por ali, geralmente guerreiros que faziam escolta.

Ficava preocupada sempre com seus irmãos, que via de pouco em pouco. No total, somavam-se alguns minutos a mais ou alguns minutos a menos. A saudade sempre batia em seu coração. Shanka dormia sempre ao seu lado, nas redes, quando possível e sobravam-se lugares. Shanka arrumava os quartos de alguns lordes; Jéss odiava que seu irmão tivesse um trabalho tão complicado, pois o quarto dos lordes tinham espadas e papeladas.

O sino foi tocado e Jéss entrou correndo a dentro do quarto.

- Algo, senhor ?
- Meu almoço, sua burra – disse o rei, indignado, apontando-lhe uma mão gorda com o sino para a porta

Jéss saiu correndo até o térreo, onde se encontrava a cozinha e o hall de entrada. O hall de entrada tinha duas escadas, uma levava para o primeiro e a segunda para o último(onde se encontrava o quarto do rei) e uma porta entre as duas escadas. Jéss entrou naquela porta e se identificou com uma baderna generalizada na cozinha

- O almoço do rei! O almoço do rei! - gritou Jéss, apressada entre as duas portas de madeira maciça e a maçaneta composta de prata

Logo uma cozinheira levou um prato e um copo com vinho. Jéss pegou-os e subiu a escada que dava direto com o sétimo andar. Chegando lá, viu um rei apressado e angustiado com a demora.

- Mais uma dessas, levará uma surra. Agora: vá!

Jéss saiu daquele cômodo o qual nunca lhe agradara. A tarde foi-se passando, Jéss arrumando o jantar do rei e depois foi ao seu dormitório. Chegando lá, existiam jovens de sua idade que tentavam cantá-la, mas não interessava-se por nenhum. Quando deitou-se, depois de oito dias, viu uma cena que não havia observado antes: sua irmã saia no meio da noite, enquanto todos dormiam.

Késs saía com toda delicadeza para não ser vista. Jéss fingia que estava deitada, levantou-se da rede e tentava não pisar em pessoas que estavam deitadas de um monte no chão. Quase pisou na cabeça de uma mulher e tropeçou em um gordo e quase caí.

Depois de sair do labirinto humano, Jéss seguiu silenciosamente sua irmã. Késs subia em uma tristeza abismante, onde a cada passo respirava e depois seguia seu caminho. Passaram pelo terceiro andar e um lorde passou, Késs passou, porém, Jéss teve que se esconder atrás de uma coluna de gesso com um vaso em cima. O vaso quase caí o que levou o lorde a olhar desconfiado, mas seguiu seu caminho.

O caminho era iluminado e com os ladrilhos em forma de xadrez por todos os corredores e pavimentos da mansão. Até que o sétimo andar chegasse e Késs, com uma última respirada, entrasse no quarto.

Jéss queria saber até onde aquilo iria.

Ficou até às quatro da manhã, e nada. Até que o sol surgisse, acordando Jéss com um susto. A jovem – antes de entrar, tão bonita – saía cansada e exausta, parecendo que tinha puxado dez cavalos mortos de uma vez só.

Késs seguiu seu caminho e Jéss pensando em voltar a dormir, ouviu o sino vindo do quarto e entrou pasma no quarto de seu senhor.

- Qual o problema menina ?
- Estou resfriada, senhor – mentiu
- Fique um ou dois dias de descanso. - E depois completou – Não quero meu prato contaminado

A menina voltou ao seu quarto, vendo Késs deitada na rede e a acordou. Com um susto, ela caiu da rede e depois deu um empurrão em sua irmã.

- Por que saiu tão tarde assim do quarto de nosso rei, irmã ?
- Não te interessa – virou-se e deitou novamente na rede, tomada pelo sono

Jéss aproveitou e pela primeira vez em dias, saiu da mansão. Conheceria o reino onde morava, conheceria Ukhr.

17O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 02 Dez 2011, 21:52

'Sojuro Vega

'Sojuro Vega
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Ótima Fic continua to gostando e.e

18O único rei. Empty Re: O único rei. Sex 16 Dez 2011, 03:45

Tomate

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Jéss nunca havia imaginado que o reino de Ukhr era tão expansivo assim. A mansão do rei, estava ao nordeste, o qual tinha uma vista linda – alguns arbustos depois – com o mar. Foi até o cento de Ukhr, qual demorou dez minutos para chegar andando. As cores eram misturadas: desde o preto até o rosa mais claro. A enorme Catedral Central de Ukhr ficava no centro de um círculo, onde ficava conectada por avenidas, ruas e vielas.

A avenida a frente da catedral era a maior. “Sem dúvidas”, pensou Jéss ao analisar o tanto de gente que vendia de todos os tipos de acessórios, equipamentos e etc. Entrou em uma loja, que vendia apenas joalherias. Uma placa sinalizava e uma portinhola de menos um metro.

A loja virava a sua expectativa: o que era por fora uma portinhola, uma loja de todos os tipos de joias e acessórios, tanto para as mãos ou para os pés. O joalheiro contava de cabeça baixa uma fortuna infinita de moedas de ouro, prata e pouquíssimas de prata.


- Olha quem vejo por aqui, a menina bisbilhoteira de Utali – estava com roupas muito mais elegantes, coloridas e chamativas; um colar de ouro com uma joia atravessava seu pescoço – O que veio parar nesse fim do mundo ?
- Utali está destruída.
- Uma pena. O que veio fazer aqui ? Não veio bisbilhotar, não é ? - perguntou com uma arrogância, que Jéss relembrou do momento em Utali
- Sim. Vim.

Saiu da loja com o senhor resmungando em sua orelha. Quando passava pela porta, viu um grupo de sete pessoas passando, todas rezando: Curandeiros Clérigos. Jéss desde menina sonhou em vê-los em sua frente. Ficou fascinada e chocada. Uma multidão passava empurrando-a e perdendo de vista aquele grupo que tanto idolatrava.

Em algumas vielas, Jéss via homens, mulheres e crianças pobres. Apenas com seus farrapos de roupa que não cobriam metade do joelho, imundas e com rosto de assustado para todos que passavam. Tentou se aproximar deles, mas tinham aspecto que iriam contra-atacar.

A rua, feita de ladrilhos, que antes podia significar algo por meio de mensagens “ocultas”, estava desgastada e com buracos. Um homem – com seus 60 anos de idade, barba cerrada com uma lâmina comum, careca e ombrudo – passou a sua frente. Tinha um arco com a madeira mais brilhante de todos os arcos e flechas com penas de gansos. Sabia que aquela era uma das tropas de elite, assim como os Curandeiros.

Depois de olhar barracas de frutas, armas e acessórios viu que a noite despertava. O sol se pondo e as lojas se fechando. Todas as pessoas iam em direção as suas casas. Menestréis saíam em meio a rua cantarolando com letras encantadoras e poéticas. Jéss seguia com o coro de alguns e música diferente de outros. Saiu de perto do centro e chegava, com os pés cansados, na mansão do rei.

Jéss, quando prestes a dormir – muitas horas depois de ter chegado de seu passeio – viu sua irmã chegando novamente tarde. Dessa vez, não chegou a perguntar nada. Mas via-se em uma vazio. Seus irmãos desunidos era tudo que ela menos queria; mas estavam em segurança, e como uma boa irmã só pensava nisso.

Enquanto dormia, joias estavam preenchendo seu pescoço junto com sua glória de ser Curandeira Clérigo, no ápice de sua experiência. Sabia tanto sobre eles pois ouvia desde pequena menestréis, livros e contos sobre os seus feitos sobre a cura e a magia divina. Era tudo que ela mais quis. Sempre quis.

Em um salto, viu-se sozinha sobre o quarto dos empregados da mansão. As redes vazias e colchões desengonçados. Se levantou e foi até a pia que estava ali perto. A frente da pia, um espelho(pequeno e medíocre perto dos espelhos do quarto do rei).

Saiu da mansão e viu que o céu estava diferente do outro dia: uma cor cinza chumbo dominava as nuvens. O vestido simples e cinza de Jéss combinava perfeitamente com o céu. Chegava ter uma semelhança incrível.

Jéss foi até o mar, que ficava a alguns minutos dali. Depois de quinze minutos andando sobre uma trilha vazia, invadida apenas por alguns comerciantes e pessoas com varas de pescar, chegou a um mar agitado. A trilha tinha continuação para leste e oeste, porém invadiu o mato raso e depois entrou na área da praia. Sentiu a briza e o cheiro domina-la. Tirou suas sandálias, colocou os pés na areia – sensação a qual nunca sentiu – e se aproximou mais do mar, na altura que batessem à sua canela. A leste – muito distante – viu alguns navios chegando e indo embora.

Quando saiu dali, viu um jovem com trajes idênticos do homem identificado como Spnel: trajes negros, rosto não a mostra e com uma faca curta e modelada presa a cintura e uma espada um tanto quanto pequena. “Pode me levar até meu irmão”, pensou Jéss. Foi o que fez. Seguiu o jovem.

O guerreiro ali embaixo do capuz tinha os mesmos movimentos de se mover a Spnel, gracioso mas com uma certa agressividade e cautela.

Até que chegaram a algo parecendo um castelo, porém muito menor. O muro tinha, no mínimo, trinta metros e de grossura dez centímetros. O portão definia tanto entrada quanto saída. Havia duas bandeiras, uma de cada lado do portão, porém, a mesma com o mesmo símbolo: um triângulo com suas pontas para dentro dos mesmos. Apenas o jovem qual Jéss seguia havia sumido de sua vista.

Quando se virou, viu o jovem atrás dela. Ele embainhou a espada curta.


- Espero que tenha boas razões para vir até aqui, garota – deu um passo e Jéss ficou imóvel – E razões boas tanto quanto óbvias
- Meu irmão está aí dentro! - grunhiu de medo para tentar se explicar
- Como saberei ?
- O nome dele é Mil. Tem cabelo curto, loiro e mais alto do que eu.
- O novato ? Sei quem é, mas não poderei dar mais informações. Saía daqui antes que lhe corte a garganta – e por fim, colocou a espada em sua cintura
- Como é o nome dessa ordem ?
- Assassinos Ocultos, mas nos chamam de Guerreiros Sombrios. Agora, vá.

Jéss correu chorando.

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