O Décimo Primeiro Badalar do Sino - O "Sopro".
Prólogo:
Lembravam bem daquele dia os moradores da capital naondrana, em especial Leopoldo. 10 anos depois do que aconteceu à frente de uma multidão em um teatro muita antigo da cidade, ele ainda se indignava com o ocorrido. Naquele dia que marcou de maneira exorbitante história de seu país, o jovem Léo, com apenas 13 anos, viu, ao berros de apoio da multidão exasperada, a cabeça do governante da nação, Fewrie Piarre, ser cortada, em razão de simples oposições. Naquele dia em especial, Leopoldo, cujos pais, assistentes do rei, acabaram por perder o emprego, foi se ter com alguma filosofia.
Iriam sair da capital naquela noite, num barco emprestado por um velho comerciante local, que muito lucrou com as imposições do rei Fewrie, e migrar sabia-se lá para onde os ventos o levariam. Toda a empolgação de Leopoldo em embarcar num navio pela primeira vez desaparecera como desaparecera metade do seu ânimo pela vida, de repente. Horas antes de partir, enquanto os cidadãos queimavam todo e qualquer símbolo do que fora o reinado de Fewrie, Leopoldo, um rapaz que acostumou-se a encarar a vida como ela é, estava pensando sobre aquilo tudo. Fewrie não era nenhum tirano, nenhum cretino, tampouco um mal rei, mas era isso, ela era um rei: O líder da revolta, Gregório, tinha ódio por essa palavra, e resolveu, através de discursos e discursos, através de sua habilidade para pintura e toda sua maldade, impor a poulação que os reis não deveriam existir, muito menos residir na amada capital, ele conseguiu convencer-se, e pior, convencer toda uma população de patriarcas, que um sistema democrático era o ideal, pelo menos na teoria, por que o novo sistema não teria nada de democrático, era só uma forma de quem não nasceu com o sangue real como ele se tornasse o líder de uma nação. Leopoldo então pensava: "O que foi isso? Por que? O Universo....Ele...A primeira causa...". E esse se tornou um grande resumo da sua história.
A viagem não teve nenhuma catástrofe. O barco era grande, as águas eram um tanto agitados, mas ela adorara. O vento, o mar, o movimento natural do barco, aquilo era incrível. Quando desembarcou na costa de Irília, ele tinha duas obcessões: a primeira causa e o mar. Logo, aos quinze anos, já era um exímio pescador, e o que era mais contrastante : passava noites e noites lendo sobre astronomia, física, queria saber sobre o universo - outrora, tentara os livros de filósofos antigos : a maioria não passava de tolos com alguns dizeres elegantes os quais os atribuiam certa fama, mas, analisando do ponto de vista do imaginativo, porém extremamente realista e sério Leopoldo, chegaria a uma conclusão logo. Eram grandes as dores de cabeça que viriam a atormentar o jovem Léo...