Xadrez
Haviam-se dois jogadores
a morte e a vida
jogavam como sempre com simples peças
as peças mais simples da vida
A vida fez o primeiro movimento,
começa com as peças brancas
onde no começo é paz e renovação
esses são os peões
A morte começa com a dor do primeiro amor
o primeiro amor, infantil e dócil
sem malicia alguma
o primeiro peão mais forte que a paz,
o sentimento
A vida faz um ataque com seu cavalo,
e dá um salto a alegria com amigos
àquele jogo em final de semana
com os primos bobos e sem idade de ter a idiotice dos adultos
A morte também se movimenta,
mas com o seu bispo e vem em um ataque frontal
a separação dos pais,
isso faz com que a vida perca um de seus peões
uma bela jogada programada e muito estudada
A vida, finalmente move sua torre
à primeira paixão que encontramos
e consegue destruir o bispo da morte,
mas com um contra-ataque,
a morte mata com seu cavalo: a desilusão e infidelidade
Os dois movimentam peões,
chamados de bebidas e drogas,
uma jogada opcional
e que não acrescentava nada a estratégia
A vida levava seu cavalo à batalha
a peça que faz um fundamento também optativo
mas que fazia a morte perder uma de suas peças
e assim, prevalecia por algumas simples rodadas
Mas a morte era esperta e sábia,
mexeu alguma das peças e o cavalo da vida se acabou
o momento que a vida podia aguardar ou não
No final do jogo,
a vida gritou mate,
pois a felicidade com amigos e família,
por fim chegaram
Mas, a morte tão perita naquele jogo
virou o tabuleiro e fez xeque-mate
que por mais que a vida fosse boa
a morte sempre ganharia,
com sua experiência
pegou todas as peças